A ILUSTRE CASA DE RAMIRES
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da batina. Logo em Santa Ireneia se pensou que o explendido André, libertado da pêca opposição da mamã, pediria a «Flôr da Torre» depois do Acto de Formatura. Mas, findo esse desejado Acto, Cavalleiro abalou para Lisboa — por que se preparavam Eleições em Outubro, e elle recebera do tio Reis Gomes, então Ministro da Justiça, a promessa de «ser deputado» por Bragança.

E todo esse verão o passou na Capital; depois em Cintra, onde o negro langor dos seus olhos humidos amollecia corações; depois n’uma jornada quasi triumphal a Bragança com foguetes e «vivas ao sobrinho do Sr. conselheiro Reis Gomes!» Em Outubro Bragança «confiou ao dr. André Cavalleiro (como escreveu o Echo de Traz-os-Montes) o direito de a representar em Côrtes com os seus brilhantes conhecimentos litterarios e a sua formosissima presença de orador...» Recolheu então a Corinde; mas nas suas visitas á Torre, onde o pae de Gonçalo convalescia d’uma febre gastrica que exacerbára a sua antiga diabetes, André já não arrastava sofregamente Gracinha, como outr’ora, para as silenciosas sombras da quinta, permanecendo de preferencia na sala azul, a conversar sobre Politica com Vicente Ramires, que se não movia da poltrona, embrulhado n’uma manta. E Gracinha, nas suas cartas para Coimbra a Gonçalo, já se carpia de não correrem tão doces nem tão intimas