II
O brazileiro voltára a Portugal. Em Santa Apolonia comprou bilhete para Coimbra, mas adormecendo profundamente só acordou quando ouviu um empregado gritar: Granja!
— É o mesmo, disse comsigo. Até é melhor. Fico no Porto, e escrevo ao Sebastião que venha ter commigo se quer ir vêr o filho a Coimbra.
Escreveu. Se o tio Sebastião queria ir a Coimbra! N’isso pensava elle havia semanas, porque já não podia com as saudades.
— Já cá estão dous carros e uns pósinhos, dizia elle, se não fosse isto, quem ia vêr o rapaz era o filho de minha mãe...
O convite do cunhado alvoroçára-o de alegria e de desusado contentamento. Ria alto, andava radiante, cantava:
Á uma hora nasci,
Ás duas fui baptisado,
Ás tres andava de amores,
Ás quatro estava casado.
— Queres tu vir d’ahi, Joanna? dizia elle para a creada que lhe arranjava a mala.