A mãe Tanásia ficou estatelada..., e daí a pedaço — em que olhou só, sem pensar nada — foi que a coitada falou.

— Eh! eh!... siô moço!... que é que suncê fez!...

E o desalmado gritou-lhe:

— Vai, bruaca velha, vai contar!...

— Ah! ah!... Deus perdoe!...

E foi andando, estradinha afora, lomba acima, apurando o passo, um pouco renga.

Nesse meio tempo também chegavam à casa os campeiros; era hora de comer; repararam que só estava amarrado um cavalo; a casa aberta, silenciosa; um espiou pela janela da cozinha..., e gritou pelos outros, benzendo-se...

Lá estava a senhora, com a cabeça arrebentada a olho de machado..., O fogo apagado, a banha coalhada, os beijus frios..., e mui a seu gosto, de papo para o ar, dormindo na saia da morta, uma gata brasina e a sua ninhada.

Chamaram pela mãe Tanásia... gritaram.... procuraram... e nada! Um deles, mais alarife, propôs que fugissem... que era melhor ser carambola do que ser estaqueado... que por certo iam acusá-los daquela maldade,