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��DOM JOAO VI NO BRAZIL

��facturas ou no emprego da sua navegagao e dos seiis braqos superfluos, como o aconselharia uma sa economia politica. Os trabalhadores nao superabundavam em Portugal, sendo todos os do Brazil negros escravos; a navegacao era nacional, isto e, portugueza, mas so ate a metropole, ahi baldeando-se os ge-neros coloniaes para navios estrangeiros, geralmente in- glezes, que os conduziam ao sen final destine; as manufa- cturas que as colonias compravam e usavam, longe de serem producto da in dustria do Reino, vinham de ordinario na mesma forma do estrangeiro, do norte da Europa para Lisboa, onde eram reexportadas.

O lucro.que Portugal tirava das possessoes estava, pois, todo nos direitos cobrados pela metropole sobre as expor- tagoes para as colonias e as importacSes d estas colonias, muito mais do que nos proventos industrial e maritime. Era uma exploragao economica, em vez de ser uma remuneragao financeira que aproveitasse a todos os elementos da organiza- gao mercantil. Os impostos directos pagos pelo commercio brazileiro, ou melhor, o commercio estabelecido no Brazil, e que indirectamente recahiam sobre os consumidores nacio- naes, como nao podia deixar de acontecer pela falta de con- correntes nas transacgoes coloniaes, subiam a 150 o/o no cal- culo feito por Luccock, que foi negociante da praca do Rio depois da franquia dos portos. Quer isto simplesmente dizer que Portugal recebia 250 libras por cada 100 libras man- dadas sob a forma de material de escambo ou antes de venda e de trabalho, alem dos ganhos apurados nos fretes, juros do capital empregado, monopolies e estancos, etc.

Como todo e qualquer productor, o Brazil precisava de vender para poder comprar : mais do que qualquer outro, porem, visto ser essa sua unica riqueza, colher para logo

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