HYMNO AO SOMNO



Ó somno! ó noivo pallido
Das noites perfumosas,
Que um chão de nebulosas
Trilhas pela amplidão!
Em vez de verdes pâmpanos,
Na branca fronte enrolas
As languidas papoulas,
Que agita a viração.

Nas horas solitarias,
Em que vagueia a lua,
E lava a planta núa,
Na onda azul do mar;
Com um dedo sobre os labios,
No voo silencioso,