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A pragmatica má de humanos usos
Não comprehende que a Morte que não dorme
É a absorpção do movimento enorme
Na dispersão dos atomos diffusos.

Não me incommoda esse ultimo abandono.
Si a carne individual hoje apodrece.
Amanhã, como Christo, reapparece
Na universalidade do carbono!

A vida vem do ether que se condensa,
Mas o que mais no Cosmos me enthusiasma
É a esphera microscópica do plasma
Fazer a luz do cerebro que pensa.

Eu voltarei, cançado da ardua liça,
Á substancia inórganica priméva,
De onde, por epigénesis, veio Eva
E a stirpe radiolar chamada Actissa!

Quando eu fôr misturar-me com as violetas,
Minha lyra, maior que a Biblia e a Phédra,
Reviverá, dando emoção á pedra,
Na acustica de todos os planetas!

VI

Á algida agulha, agora, alva, a saraiva
Cahindo, análoga era. Um cão agora
Punha a atra lingua hydrophoba de fóra
Em contracções myológicas de raiva.