Historico e Geographico Brasileiro, do Rio de Janeiro (V. 51, pág. 93) tirámos os nomes desses portugueses, que, casando com as ditas índias, procriaram essa raça audaz e belicosa de sertanistas e bandeirantes, que, explorando os longínquos sertões, foram plantar os marcos que atestam a vastidão de nossa pátria.

Entre esses nomes não encontramos no manuscrito citado o de Antonio Rodrigues; entretanto, como sua existência, bem como a de alguns de seus descendentes, não pode ser posta em duvida, por pertencer à história de S. Paulo, dele faremos menção no Cap. 7.º desta introdução; são:

Cap. 1.º Pedro Affonso
Cap. 2.º Gaspar Affonso
Cap. 3.º Domingos Luiz Grou
Cap. 4.º Braz Gonçalves
Cap. 5.º João Ramalho
Cap. 6.º Pedro Dias
Cap. 7.º Antonio Rodrigues


Capítulo 1

Pedro Affonso (dos Gagos e Affonsos das Ilhas do reino de Portugal) resgatou nos campos de Piratininga uma tapuia que, como prisioneira, tinha sido reduzida ao cativeiro, e com ela casou. Sobre a condição desta tapuia o doutor Ricardo Gumbleton na comunicação que fez ao Instituto Histórico do Rio de Janeiro fez considerações pouco lisonjeiras, em que transparece o desprezo à descendência dessa índia pelo fato de ter caído em cativeiro. Nós discordamos dessas apreciações filhas do extremo rigor de um velho fidalgo no seu modo de encarar a nobreza de uma raça; a tapuia cativa em nada desmereceu de seu sangue, do mesmo modo que os ilustres guerreiros vencidos e aprisionados pelos mouros, e os que, vítimas dos piratas, são reduzidos à escravidão.


Enganou-se o doutor Ricardo Gumbleton quando nessa mesma comunicação afirmou categoricamente que a nobre família dos Camargos não recebeu