— Que espécie de mulher era?

— Fascinante.

— Não é isso; pergunto-lhe se era mulher de ordem inferior, ou...

— Não sei; no tempo em que a vi, não tinha classe e podia pertencer a todas; demais, não a tratei de perto.

— Doutor, disse D. Úrsula, depois de hesitar algum tempo; que me aconselha que faça?

— Que a ame, se ela o merecer, e se puder.

— Oh! confesso-lhe que me há de custar muito! E merecê-lo-á? Alguma coisa me diz ao coração que essa menina vem complicar a nossa vida; além disso, não posso esquecer que meu sobrinho, herdeiro...

— Seu sobrinho aceita as coisas filosoficamente e até com satisfação. Não compreendo a satisfação, mas concordo que nada mais há do que cumprir textualmente a vontade do conselheiro. Não se deliberam sentimentos; ama-se ou aborrece-se, conforme o coração quer. O que lhe digo é que a trate com benevolência; e caso sinta em si algum afeto, não o sufoque; deixe-se ir com ele. Já agora não se pode voltar atrás. Infelizmente!

Helena estava a concluir os estudos; semanas depois determinou a família que ela