altar a deixa ennodoada, assim a pagina pura, affagada de tanto amor do artista, estudada com tão sincera consciencia, lá recebe, na tertulia de parvos, a dedada torpe e sebenta de um chapadissimo tolo.

Não sou dos mais queixosos; todavia guardo acatamento profundo a essas caricaturas de adibe, que, á falta de dentes para devorarem carniça, contentam-se de fazer empolas e brotoeja na pelle do proximo. Respeito-os a todos, altissimos e baixissimos; que os ha de todas as riscas da craveira social, no civil, no militar e no ecclesiastico. Estou, por isso, sempre com o credo na bôca quando escrevo uma linha, e antes quero que se queixem da frequencia dos prologos do que me condemnem sem me ouvirem.

Disse já que tinha de fazer uma explicação ao leitor. Tenho; e é indispensavel. Estou ouvindo um melenas arguir assim:—­“Como soube a tia Jeronyma que as peças do padre prior se haviam esgueirado, com tanta magua sua, só para dotar Bernardina? Como o souberam os noivos, e Perpetua Rosa? Não se passou tudo particularmente entre o prior e o moleiro, ambos interessados no segredo do negocio, um por virtude, outro por avareza? Foi um duende que veio revelá-lo? Mas isso é fazer como Eugenio