O dia já vinha clareando as ermas ribanceiras do Tocantins, e as brisas da manhã, que sopravam frescas, começavam a varrer o tênue vapor branco que a noite estendera sobre as águas como um rio de leite, e que despegava elevando-se em níveos flocos por sobre a coma verde-escura das florestas. As selvas enchiam-se de murmúrios, de cantos de aves e gritos de animais de toda a espécie. As águas ressoavam ao saltitar dos peixes, que aqui e acolá faziam brilhar ao sol suas luzentes escamas. Nuvens de aves aquáticas cortando os ares abatiam o vôo e vinham pousar ao longo das praias; a alva e esbelta garça, mais bela que o cisne, o guará e o colhereiro alardeando a beleza de sua mimosa plumagem cor-de-rosa, o corpulento e pesado jaburu, o pato silvestre com suas escuras penas luzentes como o aço polido, e mil