nobreza amarela, tinha sobre a testa estreita dois largos bandós postiços que a punham atrapalhada e vesga. A sobrinha, a D. Mariquinhas - Maria das Dores das Neves Pamplona, chamava-se ela, toda enfiada, arrastava nos tijolos do pavimento o seu vestido de noiva, branco, ornado de flores de laranjeira, e mordia, para disfarçar, o lencinho de rendas, curvando a cabeça envergonhada, ao peso da coroa da virgindade. Não tardou a chegar o Cazuza Bernardino, acompanhado do pai, Bernardino Santana, fazendeiro do rio Urubus, todo vestido de preto, como o Neves, mas de roupa menos fina e mais velha.

O noivo era um rapaz esperto, direito, bem apessoado, largo peito coberto pela farda de botões dourados, mão grande e calosa, empunhando os copos da bonita espada prateada. Muito moço, vinte e dois anos, quando muito, e já era tenente da guarda nacional. Há dessas felicidades inexplicáveis! pensava Macário, olhando, como toda a gente, para o brilhante Cazuza Bernardino...