QUINCAS BORBA
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QUINCAS BORBA

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cio. Accudia-lhe agora a promessa; tinha um noivo prompto, era só fallar. — Quem? perguntou Maria Benedicta.

  • '— Uma pessoa.

Crel-o-heis, posteros? Sophia não pôde soltar o nome de Bubião. Já uma vez, dissera ao marido haver falhado nelle, e era mentira. Agora, indo a fallar deveras, o nome não lhe sahiu da boca. Ciúmes? Seria singular que esta mulher, que não tinha amor aquelle homem, não quizesse dal-o de noivo á prima, mas a natureza é capaz de tudo, amigo e senhor. Inventou o ciúme de Othello e o do cavalleiro Desgrieux, podia inventar este outro de uma pessoa que não quer ceder o que não quer possuir. — Mas quem? repetiu Maria Benedicta. — Direi depois, deixe-me arranjar as cousas, respondeu Sophia. e mudou de conversa. Maria Benedicta trocou de rosto; a boca encheuse-lhe de riso, um riso de alegria e de esperança. Os olhos agradeceram a promessa e o trabalho, e disseram palavras que ninguém podia ouvir nem entender, palavras curiosas e obscuras: — Gosta de valsar; é o que é. Gosta de valsar quem? Provavelmente a outra. Tinha valsado tanto na véspera, com o mesmo