QUINCAS BORBA
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QUINCAS BORBA

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. estendera no canapé, para reler o velho Saint-Clair das ilhas ou os desterrados da ilha da Barra. Foi o primeiro romance que conheceu; o exemplar tinha «fefàis de vinte annos; era toda a bibliotheca do pae e àí filha. Siqueira abriu o primeiro volume, e deitou os olhos ao começo do cap. n, que já trazia de côr. Aclava-lhe agora um sabor particular, por motivo dos seus recentes desgostos: «Enchei bem os vossos copos, exclamou Saint-Clair, e bebamos de uma vez; eis o brinde que vos proponho. Á saúde dos bons e valentes opprimidos, e ao castigo dos seus oppressores. Todos acompanharam Saint-Clair, e foi de roda a saúde.» — Sabe de uma cousa, papae? Papae compra amanhã latas de conserva, petit-pois, peixe, etc. e ficam guardadas. No dia em que elle apparecer para jantar, põe-se no fogo, é só aquecer^e daremos um jantarzinho melhor. — Mas eu só tenho o dinheiro do teu vestido. — O meu vestido? Compra-se no mez que vem, ou no outro. Eu espero. — Mas não ficou ajustado? — Desajusta-se; eu espero. — E se não houver outro do mesmo preço? — Hade haver; eu espero, papae.