418
QUINCAS BORBA

418

QUINCAS BORBA

impaciente da ventarola, como pessoa que sufocasse naquella atmosphera. Chegou a tossir algumas vezes. — E o cachorro? perguntou D. Fernanda ao creado. — Está preso no quarto, lá dentro. — Vá buscal-o. Quincas Borba appareceu. Magro, abatido, parou á porta da sala, extranhando as duas senhoras, mas sem latir; mal erguia os olhos apagados. Chegou a dar meia volta ao corpo na direcção do interior da casa, quando D. Fernanda fez uns estalinhos com os dedos; elle parou, agitando a cauda. — Como é mesmo que se chama? perguntou a D. Fernanda. — Quincas Borba, respondeu o criado, rindo, com a voz arrastada. Tem nome de gente. Eh! Quincas Borba! vae lá! a senhora está chamando. — Quincas Borba! vem cá! Quincas Borba! repetiu D. Fernanda. Quincas B >rba acudiu ao chamado, não pulando, nem alegre. D. Fernanda inclinou-se, fallou lhe, perguntou-lhe pelo amigo, se estava longe, se queria ir vel-o Assim mesmo inclinada, interrogava o creado sobre o trato do cão.