pela base toda a confiança, que é a condição da felicidade. Não sei o que farias tu no meu caso; eu segui o impulso do coração e da razão.

Meneses ouvira atentamente o amigo. Quando ele acabou:

— Creio-te sincero, disse; e compreendo que sofreste.

— Muito!

— Mas recusarás uma reflexão? Quem escreveria esta carta? Não foi um amigo, decerto. Um amigo, se lhe pesasse o teu ato, viria falar-te cara a cara. Um indiferente também não foi. Resta, pois, um inimigo, teu ou dela...

— Dela?

— Ou um interessado: escolhe.

Félix refletiu um instante.

— Inimigo, não sei se os tinha; interessado... em quê?

— Ela é rica; algum pretendente...

— Não havia nenhum.

Meneses não fraqueou na defesa da sua hipótese. Quanto mais atentava na revelação da carta, mais o coração lhe bradava contra ela. Para ele a inocência de Lívia