"Doida não!" Antes vítima/O génio do bem e o génio do mal

O génio do bem e o génio do mal
 

 

Na antiga doutrina de Confucius, feita de lendas sobrenaturais, alimentava-se a crença de que todo aquele que cultivava as inclinações do mal, atraía a si os génios malévolos e a còlera dos deuses. Emquanto que praticando a bondade, cercaria sempre o seu destino da protecção beneficiosa dos génios tutelares.

E na teologia da Caldeia o Zand-Avesta aponta na personificação da Ahriman e Ormuzd a luta eterna do bem e do mal. Mas crê a candura supersticiosa dessa éra, que o génio do mal, cançado de perseguir o génio do bem, se daria afinal por vencido e acabaria pot render-se num pacto de harmonia que lhe traria emfim repouso e proveitos, dando felicidade ao mundo consubstanciado numa só essência de perfectibilidade.

A lenda é afinal um átomo de verdade de que o espiritualismo extrai verdades profundas.

Não póde duvidar-se fóra destas lendas que o mundo invisivel é povoado de forças desconhecidas. E não há que desciêr de que elas exercem a sua misteriosa influência nos destinos de cada ser.

E seja embora o destino uma esfinge e cada vida um sôpro de Deus, é lógico que as criaturas só realisarão a felicidade no dia en que seguirem a doutrina do Zand-Avesta, abrindo os olhos para ver só a bondade e repelir a maldade.

Toda a consciência nobre deve querer ao bem pelo bem que floresce o altruismo e que, adoçando a sua vida terrestre, deixa um rasto de harmonia nas gerações que se sucedem. Depois, se o corpo morre, o espirito reproduz-se e perpetúa o mal ou o bem.

Que valem glórias e riquezas ao lado da bondade que torna meritórias e belas todas as nossas acções, alegrando-nos a consciência?