Ó naus felizes, que do mar vago
Volveis enfim ao silêncio do porto
Depois de tanto nocturno mal
Meu coração é um morto lago,
E à margem triste do lago morto
Sonha um castelo medieval...

E nesse, onde sonha, castelo triste,
Nem sabe saber a, de mãos formosas
Sem gesto ou cor, triste castelã
Que um porto além rumoroso existe,
Donde as naus negras e silenciosas
Se parten quando é no mar manhã...

Nem sequer sabe que há o, onde sonha,
Castelo triste... Seu 'spírito monge
Para nada externo é perto e real...
E enquanto ela assim se esquece, tristonha,
Regressam, velas no mar ao longe,
As naus ao porto medieval...