Cuidava que não podia haver maior isolamento do que o meu. Iludi-me. Agora é que o isolamento começa.
Luíza parte; seu marido deixa Pernambuco: vai-se a Lisboa.
E a causa sou dessa mudança. O que ainda me restava de família abandona a pátria, para quebrar os laços de sangue que nos prendem. E justo: é generoso também. Deixem-me, a mim só, o desprezo que inspiro. Não o quero partilhar. Basta eu para sofre-lo.
Oh! ainda me resta o orgulho da miséria. E uma dignidade como tantas outras, e um egoísmo, como os há poucos.
Minha irmã negou tudo. Deu-se a tratos para convencer-me que os interesses de seu marido eram a causa única dessa partida.
Pobre Luíza! Mentia.
Que desgraçado ente que eu sou!... Não faço sofrer só aos que me amam; obrigo-os ainda a se rebaixarem.