Vejo-a todas as noites.
Sempre recostada ao balaustre, esfolhando ao vento as rosas fragrantes, entretêm-se nesse brinco inocente até a hora de recolher.
Sabe ela que eu a devoro com os olhos, cá do meu refúgio?
Às vezes receio que se tenha apercebido da minha presença constante naquele sítio; e é quando reclina-se mais no balaústre, e estende o colo, como se procurasse afirmar-se do que entrevira.
Nessas ocasiões coso-me ao tronco do coqueiro, e deixo-me ficar sem movimento pelo resto da noite, até que recolhida ela, me posso esgueirar para casa.