A D. PEDRO II
Tu és a estrella mais fulgente e bella
Que o sólo aclara da Columbia terra,
A urna santa que de um povo inteiro
Arcanos fundos no sacrario encerra!
Tu és nos ermos a columna ardente5
Que os passos guia de uma tribu errante,
E ao longo mostras atravez das névoas
A plaga santa que sorrí distante!...
Tu és o genio bemfazejo e grato
Poupando as vidas no calor das frágoas,10
E, á voz das turbas, do rochedo em chammas
Desprende um jôrro de bemdictas agoas!
Tu és o nauta que atravez dos mares
O lenho immenso do porvir conduz,
E ao porto chega socegado e calmo15
De um astro santo acompanhando a luz!
Oh! não consintas que teu povo siga
Louco, sem rumo, deshonroso trilho!
Si és grande, ingente, se dominas tudo,
Tambem das terras, do Brazil és filho!20
Abre-lhe os olhos, o caminho ensina
Aonde a gloria em seu altar sorri,
Dize que vive, e viverá tranquillo
Dize que morra, morrerá por ti!