Serafim Bemol, Sátiro Clemente e D. Salústio, em comandita literária, que pretendem celebrar, nos anais da pilhéria pelotense, escrevem uma novela, romance, narrativa ou cousa que melhor nome tenha, observando-se o seguinte programa:
A obra não tem fio nem pavio, os autores são obrigados a continuá-la, como entenderem, no ponto em que o associado anterior a tiver deixado.
Quando estiverem aborrecidos, ou o público começar a bocejar, matam-se os personagens todos e... assunto concluído.
A sorte designou Serafim Bemol para principiar o trabalho, dar-lhe o título e encaminhá-lo como entendesse. Seguir-se-ão com a palavra Sátiro Clemente e D. Salústio.
A Mandinga é o lôbrego título do folhetim, e começa hoje.
Arranjam-se os leitores e esperem pela volta todos os domingos e quintas-feiras em que lhes servirem este pratinho, destinado a amenizar os seus dissabores.
Temos tempo de sobra para chorar.
Correio Mercantil, 15. out. 1893.