Minutos depois, Clorinda estava completamente nua.
— A senhora é muito bem feita de corpo, disse-lhe, num tom adulatório, a costureira, enfiando-lhe pela cabeça uma camisa de seda.
— Acha? perguntou desdenhosamente a atriz.
— Ah! eu também já fui bem feita de corpo, mas.. — não tive juízo: fiei-me demais nos homens. Se quer aceitar um conselho, filha, preste mais atenção à sua arte do que a todos esses... gajos, que fazem das mulheres um objeto de luxo e nada mais. Só assim a senhora evitará o hospital e a miséria.
— Ora esta! exclamou Clorinda. Quem é você, mulher, para me falar assim?
— Eu sou... a Marcelina.