Ad juvenem rosam offerentem
A flor que és, não a que dás, desejo.
Porque me negas o que te não peço?
Tão curto tempo é a mais longa vida,
E a juventude nela!
Flor vives, vã; porque te flor não cumpres?
Se te sorver esquivo o infausto abismo,
Perene velarás, absurda sombra,
Buscando o que não deste,
Na oculta margem onde os lírios frios
Da ínfera leiva crescem, e a corrente
Monótona, não sabe onde é o dia,
Sussurro gemebundo.
21-10-1923