Ah, Príncipe! E será, será possível,
Que não vos causem o menor abalo
Os ais que solta o íntegro vassalo
Neste hediondo cárcere terrível?
Mostrar-vos-eis acaso ainda insensível,
Quando a verdade, vos atesto e falo?
Olhai, Senhor, que de aflição estalo
Olhai que toco a meta impreterível. (…)
Não conheço outro Deus de Jove abaixo;
De vós só é que pende eu ser ditoso,
Seja, qual meu delito, o meu despacho.
Excerto de um dos 15 poemas dedicados ao Regente D. João VI, Príncipe do Brasil, na esperança de que intercedesse favoravelmente na sua libertação da Cadeia do Limoeiro.