- Quem te cantara um dia a ambição desmarcada,
- Filho da heráclia estirpe! e o clamor infinito
- Com que o povo da Emátia acorreu ao teu grito,
- Voando, como um tufão, sobre a terra abrasada!
- Do Adriático mar ao Índus, e do Egito
- Ao Cáucaso, o fulgor do aceiro dessa espada
- Prosternava, a tremer, sobre a lama da estrada,
- Ídolos de ouro e bronze, e esfinges de granito.
- Mar que regouga e estronda, espedaçando diques,
- - Aos confins da Ásia rica as falanges corriam, encrespadas de fúria e erriçadas de piques.
- E do sangue, do pó, dos destroços da guerra,
- Aos teus pés, palpitando, as cidades nasciam,
- E a Alma Grega, contigo, avassalava a Terra!
- (As Viagens,IV )