Anexo Discussão:Ficha/Hino dos Bandeirantes

COMENTANDO O MESMO ASSUNTO Acabo de ler comentário no qual a Senhora Mônica Farias Kahil diz, entre outras coisas que: -“Questiona a respeito do resultado do Concurso aberto para a escolha da música, para o poe-ma “Hino dos Bandeirantes”, que: “NÃO EXISTE até o momento, música oficial, conforme pode-rão observar no site do Governo”, que: “Existe (sic) sim algumas melodias sendo executadas em alguns sites, como as dos maestros Sergio de Vasconcellos-Corrêa e de Spartaco Rossi” e que: “No YUOUTUB, poderão encontrar dentre várias execuções, duas melodias diferentes, cantadas”. Na seqüência, revela que esta: -“cobrando do nosso Governo, junto à Secretária da Cultura, o porquê da não execução pela Banda da Polícia Militar, de todas as músicas inscritas e não somente uma, escolhida a dedo, será?”. Mais adiante solicita: - “Peço que retirem o nome do maestro Sérgio Vasconcellos Corrêa (sic) de vosso site, uma vez que não foi o vencedor do concurso” e completa: -“Como também nem temos a certeza de que fora um dos inscritos”.

DIREITO DE RESPOSTA

Sentindo-me diretamente agredido apelo para o “Direito de Resposta” a que tenho direito e solicito que sejam publicados, na íntegra, os esclarecimentos que dou a seguir:

A princípio acho louvável a atitude de dona Mônica Farias Kahil ao sair em defesa da obra de seu pai. Concordo também com o seu questionamento “a respeito do resultado do Concurso” institu-ído para escolher “a música” composta para o belíssimo texto de Guilherme de Almeida e con-firmo a sua informação de que “NÃO EXISTE até o momento, música oficial” que represente musicalmente o Estado de São Paulo. Concordo ainda - embora não com a agressiva postura da senhora Mônica Farias Kahil que diz estar “cobrando do nosso Governo, junto à Secretaria da Cultura, o porquê da não execução etc.” – com a idéia de que todos os hinos devam ser apresentados pela Banda e Coro da Polícia Militar de São Paulo. Fiquei perplexo, porém, quando a referida senhora acrescenta: “de todas as músicas inscri-tas e não somente uma, escolhida a dedo, será?”. Como adiante Dona Mônica Farias Kahil, teve a ousadia de propor ao site da Wikisource que censure o meu nome, retirando-o do verbete (“Peço que retirem o nome do maestro Sergio Vasconcellos Corrêa de vosso site, uma vez que não foi o vencedor do concurso”) e julgando tal atitude discriminatória, arrogante, intempestiva e mentirosa, resolvi: solicitar este “direito de res-posta”, uma vez que jamais me intitulei como vencedor do referido concurso. A insinuação é grave, ofensiva e totalmente desprovida de ética, senão vejamos: 1. O site do Governo do Estado diz claramente o nome do autor da letra: Guilherme de Al-meida, indicando nenhum nome como autor da música. 2. Eu jamais falei, publiquei ou insinuei que o meu “Hino dos Bandeirantes” fosse o Hino O-ficial de São Paulo. Se uma gravação circula pelo Youtube, ou melhor, duas – uma com o coro e a banda musical do Conservatório Dramático e Musical de Tatuí e a outra com coro masculino e piano, da qual não sei a procedência – elas lá foram inseridas, não sei por quem. Sobre a primeira gravação posso esclarecer que foi realizada, a meu pedido, para ser executada durante a entrega do “Prêmio CLIO -2007” conferido pela Acade-mia Paulistana de História ao meu “Hino dos Bandeirantes”. 3. Não entendi também a razão que levou a senhora Mônica Farias Kahil a pedir a exclusão do meu nome do site WIKISOURCE já que havia dito que: - “Existe (sic) sim algumas melodias sendo executadas em alguns sites, como as dos maestros Sergio de Vascon-cellos-Corrêa e de Spartaco Rossi”. Porque o meu nome deve ser excluído e o do maes-tro Spartaco Rossi não? O que a senhora Mônica Farias Kahil tem contra mim? 4. Pergunto a dona Mônica Farias Kahil: a) Qual a sua formação musical e qual o conhecimento que a senhora tem. É formada em música? Fez algum de curso de composição? Já compôs alguma coisa?

    b) 	Como pode afirmar que dos hinos que participaram do concurso: - “NÃO HOUVE até a presente data, melodia à altura do poema”? Por acaso conhece todos? Fez parte da Comissão Julgadora? Tem competência para julgá-los?

c) A senhora considera que o “Hino” do senhor seu pai também não está à altura do poema de Guilherme de Almeida? Se não sabe (e desculpo a sua ignorância), é bom ficar sabendo que a incerteza demons-trada na frase: “-como também nem temos a certeza de que fora um dos inscritos”, pode ser de imediato desfeita pela Ficha de Inscrição do concorrente nº 23 – pseudônimo João Ramalho – datada de 25/09/1980 – realizada às 14h30 na Secretaria Estadual da Cultura do Governo do Estado de São Paulo, que posso exibir a quem quiser conferir. Poderá a senhora apresentar a Ficha de Inscrição do Senhor seu pai? Devo dizer ainda, para seu conhecimento, que conquistei 12 Prêmios em Concursos de Composição; fui por mais de uma dezena de vezes premiado como “Melhor do Ano”, em diver-sas categorias, inclusive “pela quantidade e qualidade” das minhas obras pela APCA (Associ-ação Paulista de Críticos de Arte); que participei como compositor selecionado e posteriormente convidado, apresentando obras sinfônicas nos “Festivais de Música da Guanabara” e em dez “Bienais de Música Brasileira Contemporânea”; que meu nome é citado em mais de quinze li-vros nacionais e estrangeiros, dedicados à música brasileira; que obras minhas estão editadas nos Estados Unidos, Alemanha, Bélgica além de várias editoras brasileiras; que fui PROFES-SOR DE COMPOSIÇÃO nos Departamentos de Música da UNICAMP, da UNESP, da Faculda-de de Música “Santa Marcelina”, do Conservatório Musical “Brooklin Paulista” e outros, além de DOUTOR EM MÚSICA, aprovado por unanimidade por banca examinadora presidida pelo Ma-estro ELEAZAR DE CARVALHO; e para não me alongar mais, que desde 25 de junho de 1988 sou Membro Efetivo Eleito (Cadeira n. 20) do seleto número de 40 (quarenta) compositores da ACADEMIA BRASILEIRA DE MÚSICA (ABM), fundada por Villa-Lobos. Por outro lado, devo confessar que não tive ainda o prazer de conhecer o Senhor Mozart Kahil a quem respeito, mesmo sem conhecer, pois jamais ouvi qualquer composição sua nem tampouco referências ao seu nome, mesmo depois de cinqüenta anos de militância no meio musical, seja como: compositor, regente, pianista, professor universitário, jornalista (Folha de São Paulo / O Estado de São Paulo / Tribuna / TV Cultura etc.) e promotor cultural. Portanto, solicito à senhora, Mônica Farias Kahil que se retrate publicamente, no mesmo veículo em que publicou as suas aleivosias, para evitar que eu venha a tomar outras medidas cabíveis.

                                                        Sérgio de Vasconcellos-Corrêa

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