Ó minh' alma, ó minh' alma, ó meu Abrigo,
Meu sol e minha sombra peregrina,
Luz immortal que os mundos illumina
Do velho Sonho, meu fiél Amigo;
5Estrada ideal de São Thiago, antigo
Templo da minha Fé, casta e divina,
De onde é que vem toda esta magoa fina
Que é, no emtanto, consolo e que eu bemdigo?
De onde é que vem tanta esperança vaga,
10De onde vem tanto anceio que me alaga,
Tanta diluida e sempitérna magoa?
Ah! de onde vem toda essa estranha essencia
De tanta mysteriosa transcendencia,
Que estes olhos me deixa rasos de agua?!