E' assim como o rosto de Paulina,
Cruelmente por Nero perseguida,
Aquella flôr que estimo mais que a vida,
Flôr gentil de face purpurina.
Nas suas folhas leio a minha sina;
Talvez cheia d'amor, talvez florida
Renasça a fé, n'esta alma, dolorida,
D'aquella flôr á nota sibyllina.
Quando poisar d'ausencia o escuro manto
E se ouvir, n'uns timidos harpejos,
O meu remoto e solitario canto,
O' brisas que passaes por estes brejos,
Estou a ungil-a com saudoso pranto
E a reanimal-a com ardentes beijos.