Archivo nobiliarchico brasileiro/Goyanna (1º Barão com grandeza de)
GOYANNA. (1º Barão com grandeza de) D.r José Correia Picanço.
Nasceu na cidade de Goyanna, na Provincia de Pernambuco, a 10 de
Novembro de 1745.
Falleceu no Rio de Janeiro a 20 de Outubro de 1823.
Filho de Francisco Correia Picanço, doutor pela Curia Romano, Protonotario Apostolico e Commissario do Santo Officio, e de D. Joanna do Rosario.
Casou com D. Catharina Brochot, em França, e eram paes do Marechal José Correia Picanço e do Desembargador Antonio Correia Picanço.
Doutor em medicina pela Faculdade de Montpellier, foi lente da Universidade de Coimbra, em 1789. Vindo com D. João VI para o Brasil, obteve deste soberano a creação do primeiro curso de cirurgia na Bahia, em 18 de Fevereiro de 1808, do qual foi lente cathedratico e jubilado.
Era Cirurgião-Mór da Real Casa, e foi o primeiro medico a praticar em Pernambuco a operação cesariana, em uma preta, que sobreviveu.
Acompanhou o parto da Imperatriz D. Maria Leopoldina, do qual nasceu D. Maria da Gloria, Rainha de Portugal, com o titulo de D. Maria II.
Era do Conselho de S. M. Fidelissima, Socio da Academia Real de Sciencias de Lisboa, Grande do Imperio, Cavalleiro professo na Ordem de Christo e Barão em Portugal.
CREAÇÃO DOS TITULOS: Barão por decreto de 26 de Março de 1821. Barão com grandeza por decreto de 22 de Janeiro de 1823. Barão em Portugal por decreto de 20 de Março de 1820.
GOYANNA. (2º Barão, Visconde e Visconde com grandeza de)
Bernardo José da Gama.
Nasceu no Recife, em Pernambuco, em 20 de Agosto de 1782.
Falleceu em Pernambuco em 3 de Agosto de 1854.
Filho do Coronel Amaro Bernardo da Gama, e de sua mulher D. Francisca Maria da Conceição.
Casou com D. Izabel Ursulina de Albuquerque Gama, que falleceu em Pernambuco em 1877.
Formado na Universidade de Coimbra, em 1805, veio com a Familia Real para o Brasil, em 1807. Foi Ouvidor em Sabará, em 1815, Juiz de Fóra no Maranhão, e Desembargador da Relação em Pernambuco, em 1821, e na Bahia.
Ministro do Imperio no 9º Gabinete do Primeiro Imperio, em 19 de Março de 1831, foi Presidente da Provincia do Pará, em 1830, neste mesmo anno foi preso e deposto por uma sedição militar (Confederação do Equador). Foi Chanceller e Regedor da Justiça, Inspector da Caixa da Amortisação, e Director da Faculdade de Direito de Olinda, em 1849.