Archivo nobiliarchico brasileiro/Rio Branco (Barão do)
RIO BRANCO. (Barão do) José Maria da Silva Paranhos. Nasceu no Rio de Janeiro em 20 de Abril de 1845.
Falleceu nessa cidade a 10 de Fevereiro de 1912.
Filho dos Viscondes do Rio Branco.
Casou com D. Maria Stevens, de nacionalidade belga.
Bacharel em sciencias juridicas e sociaes pela Faculdade do Recife, tendo cursado os primeiros quatro annos na de S. Paulo, foi Lente de Francez do Collegio Pedro II e redactor chefe do jornal fluminense A Nação durante a campanha abolicionista de 1870 a 1871.
Foi Deputado á Assembléa Geral pela Provincia do Matto-Grosso, nas 14º e 15ª legislaturas de 1869 a 1875. Consul Geral em Liverpool, de 1876 a 1893, e superintendente do serviço brasileiro de immigração na Europa; Ministro Plenipotenciario em Washington de 1893 a 1895 no processo de arbitragem da questão das Missões, e depois na questão do territorio contestado do Amapá, em Paris de 1896 a 1899 e em Berna de 1899 a 1901, e em Berlin de 1901 a 1902.
O Barão de Rio Branco, com o seu raro tino diplomatico e patriotismo, confirmou ao Brasil, com o laudo de Washington, a pósse de 30622 kilometros quadrados, com o de Berna 260000 kilometros quadrados, e ainda pelo tratado de Petropolis mais de 20000 kilometros quadrados, no todo 490622 kilometros quadrados, tudo sem guerras, deixando os seus contendores ainda mais amigos do Brasil.
Foi o Ministro da pasta dos Negocios Estrangeiros durante os successivos governos dos Presidentes. Conselheiro Rodrigues Alves, Conselheiro Affonso Pena, Nilo Peçanha e Marechal Hermes da Fonseca, desde 1902 até 1912.
Era Presidente do Instituto Historico e Geographico Brasileiro: membro da Academia de Lettras; Socio Honorario do Instituto do Ceará; membro da British Royai Geographical Society, de Londres, etc.
Do Conselho de S. M. o Imperador, era Moço Fidalgo da Casa Imperial; Dignitario da I. Ordem da Rosa; Gran-Cruz da Aguia Branca, da Russia; Gran-Cruz do Dragão da China; Official da Legião de Honra, da França; de Leopoldo, da Belgica; de Christo, de Portugal; de S. Estanislau, de 2ª classe, da Russia; da Corôa, da Italia; da Ordem da Instrucção Publica, da França, e Commendador da Ordem do Busto do Libertador de Venezuela.
BRAZÃO UE ARMAS: Em campo azul uma esphera armilar de oiro, acompanhada, em ponta, de um rio de prata. Paquipe: das côres e metaes do escudo. Divisa: Ubique patria Memor.
CORÔA: A de Barão.
CREAÇÃO DO TITULO: Barão por decreto de 30 de Maio de 1888.