Os pronomes têm alguns casos,ut Ego.

Nominativo yxé, Ego.
.
Dativo yxébe, Mihi.
yxébo,
xébe,
xébo.
Plural.
Nominativo Orê, nos.
Yandê.
Dativo orébe, nobis.
orébo,
yandébe,
yandébo.
Tu.
Nominativo Endé, Tu.
Ndé,
.
Dativo Endébe, Tibi.
Endébo,
Ndébe,
Ndébo.
Plural.
Nominativo Peẽ vel . vos
Dativo Peẽme vel Pẽémo.
Acusativo Opô vel .
Vocativo Peẽ vel .

Construção destes pronomes.

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, Ndè vel , , são também adjetivos como meus, tuus, vester, etc. xèjára, meus dominus, ndèjára, tuus, pèjára, vester.

Item servem a todos os casos, e a todos os tempos da conjugação indifferenter: tirando o dativo, quem tem próprio.

yxê, endê, peẽ sempre são substantivos, servem de supostos em todos os tempos que têm artigos, ut

yxê açô, eu vou.

endê ereçô, tu.

peẽ peçô, vós.

Onde o verbo perde o artigo se for ativo também podem ser suppostos, porque necessariamente se lhe há de seguir acusativo, ut,

yxê Pedro jucáreme, se eu a Pedro matar.

ndê Pedro jucáreme, se tu.

peẽ Pedro jucáreme, se vós.

Mas aendo verbo neutro necessariamente se há de repetir o , ndè, , ut.

yxê xècçóreme, se eu for.

ndê ndèçóreme, se tu.

peẽ pèçóreme, se vos.

Repetidos desta maneira também podem ser acusativos em todos os tempos, e modos, ut.

yxê xèjucâ, a mim me matam.

ndê ndèjucâ, a ti te matam.

peẽ pèjucâ, a vós.

Em caso de preposição, ou não se hão de usar, ou se hão de repetir, ut supra, ut.

yxê xèçuî á me.

endê ndèçuî, á te.

peẽ pèçuî, à vobis.

Orô, opô, acusativos não se usam senão nos tempos que têm artigos, quando a primeira pessoa utriusque numeri é nominativo, e a segunda acusativo ut.

yxê orôjucâ, eu te mato.

orê orôjucâ, nós te matamos.

yxê opôjucâ, eu vos mato.

orê opôjucâ, nós vos matamos.

Orê, yandê são também adjetivos noster, a, um, diferem nisto a saber que Orê exclui a segunda pessoa com que falamos daquele ato, de que se trata, ut orê oroçô, nós imos, e tu não, orêmbaê, nossas coisas e não tuas, porém, yandê, inclui a segunda pessoa ut ya ndêyaçô, nós imos, e tu também, yandêmbaê, nossas coisas, e tuas também.

E assim fazem no verbo duas pessoas plurais, ut oroçô, yaçô.

De Acê.

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A Mesma declinação tem este nome, Acê, ut.

Nom. Acê. datiuo. Acébe, vel Acébo. Significa, homem, quando dizemos , diz homem, faz homem, e assim é a terceira pessoa, e serve a ambos os números, e a macho, e fêmea, vt oçôacê vai homem.

Na construção quando é acusativo, prepõem-se imediato ao verbo, assim como , orè, yandê. E por todos serve, ut Acê jucâ, a homem matam idem a mim, a nós, etc. deixadas outras significações quæ non sunt huius loci.

Do Pronome Relativo, e Recíproco.

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C Com zeura, e j. são pronomes relativos em todos os casos e números, significam is, ea, id.

O é recíproco, Suus, sua, suum, se, sibi.

De qui, quæ, quod se dirá abaixo porque é o mesmo que os particípios.

Construção mais particular dos Pronomes e Nomes.

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Na construção (exceto o nominativo, e dativo, que se põem indifferenter) sempre se prepõem o pronome, sive substantiuo, sive adjetivo, ut xéjucâ, a mim matam. orê, yandê, ndê, , jucâ, xèjára, meus dominus, xérecê, me propter et sic de cæteris, ut yjucâ, eum occidere, yjára, eius dominus.

O mesmo tem o genitivo cuja é a coisa, e caso com preposição de todos os nomes porque todas as preposições præponuntur, ut pedro jára, petri dñs Pedro recê, Petrum propter.

Do relativo, ç.

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Os nomes começados por t têm por relativo ç com zeura, e preposto o adjetivo , ou genitivo o mudam em r e com o recíproco se perde, ut.

Tetê corpus, absolutè.

Cetê, eius, eorum, vel earum corpus.

Xéretè, meum corpus.

Pedro retê, Petri corpus.

Oetê, suum corpus, vel Ogoetê, porque se soe interpor go ou g somente onde o se encontra com outra vogal propter concursum, e é melhor pronunciação.

Alguns há que não têm t mas somente ç. com zeura, e sempre se ha de mudar em r etc. ut supra Cecê, eum propter, xèrecê, etc. fazem-se absolutos com porô, vt infra latius, pórecê, vel porôecê.

Outros há que incluem no t assim o absoluto como o relativo, ut.

Túba, pater, e eius pater.
Xèrúba, meus pater.
Peró rúba, petri pater.
ógúba, suus pater.

Estes são poucos s estes ferè.

Túba, pater.
Tamũya, Avus.
Taîra, filius,
Tagíra, filia.
Tiquiîra, frater maior.
Tibìra, frater minor.
Tiquéra, soror maior de fêmea.
Tatuúba, sogro.
Taixô, sogra ( posto que estes dois melhor dizem com ç).
Tubixába, príncipe: este também pode ter ç.
Tinicêm, cheio.
, água, sumo, ou caldo.
Ticû, ralo, liquor.
Tínga, branco, este não muda o t em r.
Turuçû, grande. Deste não se usa senão na terceira pessoa, composto com partes que têm o acento na última diz, goaçû, ut pirâgoaçû, peixe grande; com partes que têm acento na penúltima, ou verbos acabados em consoante, ou vogal com acento na penúltima, diz uçû, ut.
ôca, casa, ócuçû, casa grande.
Arûr, trago, Arurúçû, trago muito.
Ayopói, dou de comer, Ajopóiuçû.
Xepéu, tenho matéria, xepéu úçû, etc.

Pera as outras pessoas serue ceburuçû, ut.

Xèrubúruçû, eu sou grande.
Nderebúruçû, tu.
Cebûruçû, elle, &c.

Alguns acrescentam ça inteiro, ou ç somente não o tendo o simples, ut , caminho, çapê eius via, óca, casa, com seus compostos, çóca, eius, uúba, flecha, çuúba, etc.

Estes seguintes acrecentam ce inteiro, ut.

Nhaẽ, cum compositis Panacũ.

Nhauúma, Moéma, também tem, temoéma.

Ce Nimbô, Ce Mbetára, também Tembetára.

Cúya, p Urû, cum suis compositis

Cujâ faz Cepurû, interposto p.

A todos os começados por mi acrescentam ce inteiro quais são os verbais, e outros que também parece que nasceram de verbo: hæc ferè.

Ce Miapê
Mimõyá
Miára vel Mbiára
Mimoipóca
Mingaû
Mindipirõ
Mixíra

Estes andam mais no uso como nomes simples, mas revera naceram de verbos, e hão de levar ce inteiro no princípio com suas mudanças.

Os verbais todos são absolutos também, ut miìucâ, occisus, cemiíucâ, eius occisus, vel ab eo occisus, e sic de reliquis.

Iíra, sobrinho e eius sobrinho, serve o, i, por relativo, mas preposto o nome, ou pro nome toma r, ut xeriíra, etc.

Dos começados por t que têm i por Relativo

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Outros há começados por t que o não mudam nem em ç nem em r mas têm i por relativo; nem perdem o t com o recíproco, ut Tutíra, auunculus [tio materno], y tutíra, eius, xètutíra, meus, otutíra, suus, e quæ sequuntur.

, urina, à diferença de , água.
Tupã, l. Tupána
Tĩapîra Tira
Tapéra Tirâ
Tába Tatenhê, l. Tatê
Tapiía Tatâc
Tîba Tutûc
Tubîra Tibitába
Tenhéa Tén
Tunhábaẽ, Túibaê
Tînga, cousa a que temos fastio Tecoáraîba
Tagaiba Túnga
Tebíra, e si quæ sunt alia.

Tái: este, ainda, que não muda; o mesmo t lhe serve por relativo, se tomar outra letra alguma.

Em nomes de ervas, fruitas, animais, materiais, começados por t, não se muda o t em r, ut:

Tajâ, nome de uma raiz.
Xètajâ, ytajà, otajâ.
Tagoâ, Tobâtínga, nomes de barro.
Xètagoâ, ytagoâ.

Em nomes de animais, não se sói pôr antes o adjetivo, ou genitivo, ut Tapiíra, vaca, não se diz xétapiîra, minha vaca, senão xéreimbâba tapiîra; pirâ, peixe, pira não se diz xépirâ, senão xérembiara pirâ.

Est autem mimbába, qualquer animal manso que homem cria, ou amansa e præposto o relativo diz Ceimbába, com suas mudanças de letras, ut xereimbába oeimbaba.

Mbiàra, da mesma maneira, quer dizer, preza adito Ce por relativo, ut Cembiára, xerembiára oembiára.

Alguns outros nomes há que guardam o mesmo, mas têm subintelecto [subentendido] o adjetivo meus em todos os casos ut , minha mãe. O macho chama à irmã peĩ, guaupíra, minha irmã, e à menina sobrinha, itô, titô, guaitô; a irmã ao irmão, , guaiâ; o pai e mãe ao filho macho piâ; ao pai ou senhor, paî; a fêmea a sua senhora, ou qualquer mulher honrada, Tapê, o macho, Taupê; qualquer mulher diz guaîa, mano, ou meu mano; uma mulher à outra quĩ, quinaĩ, naĩ, mana, minha mana e alia que deve d'haver desta forma.

Todos os mais maxime vocando nunca se põem sem o adjetiuo meus, noster, expresso, vt pai, mestre, tio, mãe, etc., xèrúb, xemboeçára, xètutir, xecìg, etc.

O senhor, o pai, o mestre, etc., faz, dizem Acêjára, o senhor de homem, e não jára somente, senão quando de si mesmo são absolutos, o qual se faz com m: morô, ou t, vt mbò, amão, moroboeçára, o mestre, teçâ, olho.

E quase todos os nomes se podem fazer absolutos com morô, ut jára, Senhor, pode dizer morojára sem lhe por acê antes, mas isto não é tão usado em nomes como em verbos e nos verbais ou participios que nascem deles, vt morómboeçára.

Isto há lugar onde é como possessio rei, ut pater exemplis, meu senhor, meu mestre: porque onde isto não há absolute se põem, como: o ladrão, mondâ; o mau, Angaipába; o fugidor, Canhẽbóra.

Os começados por t que significam partes do corpo ou cousa tocante a homem quando são absolutos se entendem comummente de homens, ut

Tetê, absolute quer dizer corpo humano.
Toô, carne humana.
Teçâ, olho humano.
Teomboéra, cadáver humanum.
Teiía, ajuntamento de homens.

O mesmo é nos de parentesco, ut tamũya, absolute, avô de homens, teindíra, irmã.

Alguns começados com ç com zeura não mudam em r mas têm i por relativo, depois do qual, assim nos nomes, como nos verbos, sempre se segue x em lugar de ç, ut:

Cîg, mater
xècì, mea mater.
yxì eius mater.

E com o recíproco não perde o c, ut óci, sua mater.

Estes são poucos, hæc fere , Ciîra, Cibâ, Círa, çáma, çuguáragî, çuguánãhéya.

Nos verbos exemplo, que são todos os neutros que têm artículo, etc., depois dele, ut Açô, yxóu, yxó, reme, pro yçóu, etc.

De maneira que assim estes que não mudam como todas as mais partes (tiradas as sobreditas começadas por t ou ç que o mudam em r) têm por pronome relativo y, ut ába, capillus, yába, eius capillus, oába, suus capillus.

Catû, ycatû, ocatû, , ypô, opô.

A mesma mudança de letras se guarda nas preposições e verbos, ut:

Tobaquê, coram.
çobaquê, eo coram.
xerobaquê, me coram.
Oobaquê se coram, l. ogobaquê.

Estas três seguintes não mudam o ç em r mas têm i com x por relativo, ut:

çuî, yxuî, xèçuî, oyocuî, l. oyeçuî.
çocê, yxocê, xecocê, oyoçocê,
çupê, a. de dativo, yxugê,ei, pedro çupê, petro, oyoupê l. oyeupê, sibi. Não se diz, xeçupê, mihi.

Nem nos mais pronomes da primeira e segunda pessoa porque têm dativo próprios: s., xébe, orébe, yandébe, peẽme, ut supra.

Nestas seguintes também em lugar do recíproco o se põem oyô, ut Cecê, eum propter, xerecê me propter, oyocê, se propter, pro oecê. Pupê, in, oyopupê, l. oyépupê, l. opupê.

Servir esta partícula, , nestas preposições de recíproco o não lhe tira sua própria significação que tem em todas as dições, que é ser recíproco adinuicem, onde a linguagem o sofrer, ut:

Mbaê, cousa.
Orê yombaê, yandê yombaê, nossas cousas mútuas.
Pèyombaê vossas cousas.
Y yombaê ipsorum res.
O yombaê suas cousas.

Nas preposições çuî, ex, oréyoçuî, ex nobis inuicem, e sic in reliquis.

E na terceira pessoa pode servir a todas as pessoas e números, ut, assim como dizemos orê yombaê, orêyoçuî, assim dizemos oyómbaê.

yarecô oyombaê, temos as cousas nossas mútuas, pro yandê yombaê.
yayepeâ oyoçuî, discedimus ab inuicem, pro yandêyoçuî, e sic in reliquis personis.

Do uso do Recíproco O

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Do Recíproco O que é, se, suus, a, um, se usa simpliciter quando se refere a oração à pessoa agente como na língua latina, ut:

Pedro ojucâ ogúba, Petrus occidit suum patrem.

Nestas orações simples não há duuida. Havendo dois verbos numa oração, que fazem como duas orações dependentes uma da outra, sempre se há de ter respeito ao principal verbo da oração, e ao suposto dele se há de referir ao recíproco se vel suus, ut: "Pedro vai porque eu o mando, porque tu o mandas, porque seu pai o manda", etc.: em todas estas se poem o reciproco, e não i nem ç relativos. Ut yxé omondóreme.

Pedro açô endê omondóreme, ogúba omondòreme, e não ymondóreme.

Porque Pedro é a principal pessoa desta oração: quasi dicat Petrus it, quia ego se mitto, quia tu se mittis, quia suus pater se misit, i. ipsum Petrum, porque o principal verbo destas orações é Pedro foi e dele necessariamente se há de entender o reciproco se e suus.

Nestas orações, ainda que as primeiras e segundas pessoas sejam as principais partes delas, claro está que há de usar do recíproco, porque é terceira pessoa, ut: Amo a Pedro, porque ama a seu pai, Açauçûb pedro, ogúbarauçúme, e sic incæteris primis et secundis personis utriusque numeri.

Mas sendo ambas terceiras como nesta, Ioãne Pedro oçauçûb, ogúba, rauçúme, Ioãne ama a Pedro porque ama a seu pai, pode-se referir "seu pai", assim a Pedro, como â Ioanne, mais o mais certo é referir-se ao Ioãne porque é o principal supposto da oração.

Conforme a isto, algumas orações que no latim sofrem suus não se sofrem cá com recíproco senão com relativo, ut ſua virtus Petrũ commendat, ceco catû, Pedro, oimombeû, e não oecocatû, porque Pedro não é a pessoa agente na oração.

Para o reciproco em si mesmo serve ye, de que se faz o que chamamos passiua licet in propriè, ut oiucâ, mata, oyejúcâ, se occidit, oyejucáçâra vel oyejucâbaê, sui occisor.

O mesmo se pode fazer nos nomes substantiuos si usus tulerit, ut est sibi suus pater, sua mater, etc., Túba, oyeúbamo cecóu, oyecíramo cecou, ou usar simplesmente do recíproco O, ut ogúbamo cecóu, ocîramo cecóu, etc.