Personagens: OS MESMOS e EULÁLIA
EULÁLIA (Trazendo um vidro de galheteiro e uma moringue.) — Cá está o vinagre e a água. (Maria põe o vidro de vinagre no nariz de Manuel.) O verdadeiro, minha ama, é atirar-lhe com o moringue de água à cara... Olhe que a água é um santo remédio para estas maleitas. Conheci uma senhora lá no Porto que teve um desses tremeliques e note-se que não era coisa cá de pouco mais ou menos, porque a mulher tinha cada olho esbugalhado deste tamanho e berrava que parecia mal comparando, um boi, com perdão dos senhores que me ouvem.
MANUEL (Abrindo os olhos.) — Onde estou? O que foi isto? (Abraçando Luísa.) Luísa, minha filha, esta emoção me mata. (Maria dá o vidro a Eulália.)
EULÁLIA (Cheirando o vidro.) — Ai! que reinação! Ah! Ah! Ah!
MARIA — O que é isto, Eulália?
EULÁLIA — Em vez de vinagre, senhora, trouxe azeite.. . Ah! Ah! Ah! (Sai correndo.)