Personagens: LUÍSA e MARIA PRAXEDES

LUÍSA — Eu imaginava que não pudesse haver neste mundo sofrimento mais terrível que a humilhação. Todos os golpes, porém, que me feriram a vaidade, são mil vezes mais ligeiros do que este que me fere diretamente aqui. (Aponta o coração.) É o coração da mulher, minha mãe.

MARIA — Não é um músculo oco, como dizias, Luísa?!

LUÍSA — Não: há dentro dele sentimentos que eu fingia ignorar. Eu enlouqueço! Ai! minha cabeça! minha cabeça!