Cenário: Sala regularmente mobiliada. Ao lado um berço.
Personagens: LUÍSA e EULÁLIA
LUÍSA (Ninando ao colo uma criança, cantarolando.) — Tu, tu, ru, tu, tu, ru!
EULÁLIA — Deixe-me carregá-lo um poucochinho, a senhora deve estar cansada!
LUÍSA — Não sei o que ele tem hoje, está tão impertinente!
EULÁLIA (Tirando a criança do colo de Luísa e carregando-a.) —Não é nada, patroa!... (Olhando-a.) Como é bonitinho! Olhe, isto daqui para cima é a mãe, sem tirar nem pôr. (Mostrando o nariz e a testa.) Daqui para baixo, é o pai, escarradinho, (Mostrando a boca e o queixo.) e as mãozinhas então, Jesus! Nunca vi nada tão parecido.
LUÍSA — De quem são as mãos?...
EULÁLIA — Do avô, patroa. Até tem as unhas fêmeas como as dele.
LUÍSA — Neste andar acabarás por achá-lo parecido até com o meu defunto bisavô que nunca viste. (Segurando no queixo da criança e fazendo-lhe festas.) Estão caçoando com você, não é, meu negrinho?
EULÁLIA — Olhe lá como ele ri!... Ai que gracinha!