Personagens: MANUEL e EULÁLIA
Manuel fica pensativo por instantes; depois levanta-se, vai ao berço e embala a criança.
EULÁLIA (Entrando.) — Um chamado para a patroa.
PRAXEDES (Levantando-se.) — Para Luísa?
EULÁLIA — Sim, senhor...
PRAXEDES — Vai já avisá-la.
EULÁLIA — Avisá-la? Nessa não caio eu!
PRAXEDES — Vai avisá-la, já te disse.
EULÁLIA — Quem eu vou chamar é o patrão, esse sim.
PRAXEDES — Mas o doente é para ela ou para ele?
EULÁLIA — Agora não há aqui mais para ela, nem para ele! E admira-me bastante que o patrão morando nesta casa ainda não saiba que a menina abandonou de uma vez todos os doentes.
PRAXEDES — De uma vez não. Ficou assentado, logo que ela se sentiu no seu estado interessante, que deixaria a clínica por algum tempo.
EULÁLIA — Pois deixou para sempre, senhor! O único doente que ela tem agora é estezinho. (Aponta para o berço.) E creia que este dá-lhe mais que fazer que todos os outros juntos.