Bate a luz no cimo
Da montanha, vê...
Sem querer, eu cismo
Mas não sei em quê...
 
Não sei que perdi
Ou que não achei...
Vida que vivi,
Que mal eu a amei!...
 
Hoje quero tanto
Que o não posso ter.
De manhã há o pranto
E ao anoitecer.
 
Tomara eu ter jeito
Para ser feliz...
Como o mundo é estreito,
E o pouco que eu quis!
 
Vai morrendo a luz
No alto da montanha...
Como um rio a flux
A minha alma banha.
 
Mas não me acarinha,
Não me acalma nada...
Pobre criancinha
Perdida na estrada!...