O sol... o sol e o céu, e a revoada
Dos colibris cantando o etéreo canto...
(Abres os olhos com tão grande espanto?
Dize-me: deles não conheces nada?)

Vamos: o cedro, a fronte, a rendilhada
Mesquita, em cima a meia lua, o santo
Emir, à voz do muezin lançada
Do minarete, o lânguido quebranto

Das almeias, jardins, sultões ferozes,
Emas, corcéis, miragens, albornozes,
Tigres, leões, e a luz, que de oiro os tinge...

Tenho da Ásia uma cópia em ti somente:
Tu és todo esse amplíssimo Oriente...
Mesmo o deserto, e a ruína, e o vento... e a esfinge!...