«S. Paulo, 6 de julho de 1851.
«Minha mae,
Esta carta é um adeus do filho saudoso á sua mãe. E’ uma flôr destas montanhas, murcha e secca, que o céo desta minha terra não tem orvalhos doces nem o sol raios de oiro para aviventar flôres do coração.
São versos. Não tenho mais nada que dar-llie. Nem tenho tintas aqui para fazer-lhe um desenho no dia de seus annos.
Os versos são tristes, porque eu o sou: tristes como a solidão, solitarios como a palmeira perdida no meio das ondas, que sente arido o rochedo apertar suas raizes e a escuma do oceano desbotar as suas folhas. Por isso escrevi-os na folha que tinha aquelle emblema.
Adeus minha mãe, lance sua benção sobre
Seu filho do coração
Manoel Antonio.»