Venice, primeira semana de junho de 1884
Minha altamente estimada amiga,
(…) Ficou agora muito difícil me ajudar, mais e mais, eu considero improvável encontrar quem possa. Cada vez que alimentei esperanças deste tipo, ficou evidente que sou eu quem devo tomar a iniciativa. Mas não tenho tempo para isso agora. Minha tarefa é enorme, minha determinação não é menor. O que eu quero, meu filho Zaratustra não vai lhe dizer. Mas vai desafiá-la a imaginar, e isso talvez você consiga. Porém, uma coisa é certa: quero forçar a humanidade a decisões que irão determinar totalmente seu futuro – e é possível ainda que um dia todo o milênio faça suas mais solenes promessas em meu nome. (…)