Com que magua o não digo! Eu nem te vejo

Com que mágoa o não digo! Eu nem te vejo,
Meu caralho infeliz! Tu, que algum dia
Na gaiteira amorosa filistria
Foste o regalo do meu pátrio Tejo!

Sem te importar o feminino pejo,
Traz a mimosa virgem, que fugia,
Ficando à terna, afadigada Armia,
Lhe pespegavas no coninho um beijo:

Hoje, canal de fétida remela,
O misantropo do país das bimbas,
Apenas olhas cândida donzela!

Deitado dos colhões sobre as tarimbas,
Só co'a memória em feminil canela
Às vezes pívia casual cachimbas.