Esta página ou seção faz parte de uma obra que ainda está em processo de tradução. Ajude a traduzir! →
Por favor, mantenha este aviso até que toda a obra tenha sido traduzida. |
O pássaro voador
editarra uma vez um guarda florestal que foi à floresta para caçar, e assim que entrou na floresta ele ouviu o som de alguém gritando como se uma criança estivesse por ali. Ele seguiu os ecos do som, até que chegou perto de uma árvore muito alta, e no topo da árvore havia uma criança sentada, pois a mãe havia adormecido debaixo da árvore com a criança, e uma ave de rapina, tendo visto a criança em seus braços, desceu voando, e a levou embora, pousando no topo da árvore.
O guarda florestal subiu até o topo, desceu a criança, e pensou consigo mesmo: “Você irá levar esta criança para casa, e vai educá-la junto com a sua pequena Lina.” Ele a levou para casa, portanto, e as duas crianças cresceram juntas. E a pequenina, que ele encontrou em cima da árvore ele deu o nome de Fundevogel[1], porque um pássaro a havia levado embora. Fundevogel e Lina amavam-se com tanto carinho que quando um não via o outro eles ficavam tristes. E aconteceu que o guarda florestal tinha uma velha cozinheira, que uma noite pegou dois baldes e foi buscar água, e não foi buscar somente uma vez, mas várias vezes, foi até a fonte. Lina viu isto e disse, “Ouça, minha velha Sanna, porque você está buscando tanta água?” “Se você nunca contar isto para ninguém, eu lhe direi porque.” Então, Lina disse, não, eu jamais contaria isto para ninguém, e então, a cozinheira falou: “Amanhã de manhã bem cedo, quando o guarda florestal tiver saído para caçar, eu vou aquecer bastante água, e quando ela estiver fervendo dentro da chaleira, eu vou jogá-la sobre o Fundevogel, e vou cozinhá-lo na água fervendo.” Na manhã seguinte, bem cedinho, o guarda florestal se levantou e saiu para caçar, e quando ele tinha saído as crianças ainda estavam na cama. Então, Lina disse para o Fundevogel: “Se você nunca me deixar, eu nunca te deixarei também.” Fundevogel falou: “Nem agora, nem nunca eu te deixarei.” Então, Lina disse: “Então, preciso lhe contar uma coisa. Na noite passada, a velha Sanna carregou tantos baldes de água para casa que eu perguntei a ela porque estava fazendo aquilo, e ela me pediu para que eu prometesse não contar nada para ninguém, e ela disse que no dia seguinte, bem cedo de manhã, quando o nosso pai tivesse saído para caçar, ela iria pegar um balde cheio de água, jogaria você dentro dele e cozinharia você; mas nós vamos nos levantar rapidamente, vamos nos vestir, e fugiremos juntos.” Então, as duas crianças se levantaram, se vestiram rapidamente, e foram embora. Quando a água estava fervendo dentro da chaleira, a cozinheira entrou no quarto para buscar Fundevogel e jogá-lo dentro dela. Mas quando ela entrou no quarto, e foi até as camas, as duas crianças já não estavam mais lá. Então, ela ficou muito preocupada, e falou consigo mesma: “O que é que eu vou dizer agora quando o guarda florestal chegar em casa e ver que as crianças sumiram? Preciso procurá-las imediatamente para trazê-las de volta para casa.” Então, a cozinheira mandou que três criadas fossem atrás delas, as quais deviam se apressar e trazer as crianças. As crianças, contudo, ficaram sentadas fora da floresta, e quando elas viram de longe as três criadas correndo, Lina disse para Fundevogel: “Jamais me abandone, e eu jamais te abandonarei.” Fundevogel falou: “Nem agora, nem nunca.” Então, Lina disse: “Você se transforma numa roseira, e eu serei a rosa da roseira.” Quando as três criadas chegaram à floresta, não havia nada ali com exceção de uma roseira e de uma rosa em cima da roseira, mas as crianças não estavam em lugar algum. Então, elas disseram: “Não temos mais nada a fazer aqui,” e elas voltaram para casa e disseram para a cozinheira que elas não tinham visto nada na floresta, apenas uma pequena roseira com uma rosa em cima dela. Então, a velha cozinheira as repreendeu e disse: “Suas tolas, vocês deveriam ter cortado a roseira em duas partes, deviam ter arrancado a rosa e trazido ela para casa com vocês; vão, e façam isso imediatamente.” Então, elas tiveram que sair e procurar pela segunda vez. As crianças, no entanto, viram quando elas estavam chegando à distância. Então, Lina falou: “Fundevogel, nunca me abandone, e eu nunca te abandonarei.” Fundevogel falou: “Nem agora, nem nunca.” Disse Lina: “Então, transforme-se numa igreja, e eu serei o candelabro da igreja.” Então, quando as três criadas chegaram, não havia nada ali, além de uma igreja com um candelabro. Então, as criadas disseram uma para a outra: “Não há nada para fazer aqui, vamos voltar para casa.” Quando elas chegaram em casa, a cozinheira perguntou se elas haviam encontrado as crianças; então, elas disseram que não, elas não tinham visto nada, apenas uma igreja, e havia um candelabro dentro da igreja. A cozinheira então as repreendeu e disse: “Suas tolas! porque vocês não reduziram a igreja a destroços, e trouxeram o candelabro com vocês para casa?” Então, a velha cozinheira saiu ela mesma, e foi com as três criadas a procura das crianças. As crianças, todavia, viram de longe que as três criadas estavam chegando, e a cozinheira vinha correndo atrás delas. Então, disse Lina: “Fundevogel, nunca me abandone, e eu nunca te abandonarei.” Então, Fundevogel falou: “Nem agora e nem nunca.” Disse Lina: “Transforme-se numa lagoa de peixes, e eu serei um patinho brincando ao redor da lagoa.” A cozinheira, entretanto, chegou perto deles, e quando ela viu a lagoa, ela se curvou diante da lagoa, e ia beber um pouco de água. Mas o pato nadou rapidamente até ela, pegou a cabeça dela com o bico e a empurrou para dentro da água, e lá a velha bruxa morreu afogada. Então, as crianças foram juntas para casa, e elas estavam muito felizes, porque eles não morreram, e ainda estavam vivas. Notas do tradutoreditar
Referências externaseditar
|