- Cruz na porta da tabacaria!
- Quem morreu? O próprio Alves? Dou
- Ao diabo o bem-estar que trazia.
- Desde ontem a cidade mudou.
- Quem era? Ora, era quem eu via.
- Todos os dias o via. Estou
- Agora sem essa monotonia.
- Desde ontem a cidade mudou.
- Ele era o dono da tabacaria.
- Um ponto de referência de quem sou
- Eu passava ali de noite e de dia.
- Desde ontem a cidade mudou.
- Meu coração tem pouca alegria,
- E isto diz que é morte aquilo onde estou.
- Horror fechado da tabacaria!
- Desde ontem a cidade mudou.
- Mas ao menos a ele alguém o via,
- Ele era fixo, eu, o que vou,
- Se morrer, não falto, e ninguém diria.
- Desde ontem a cidade mudou.