Mais claro e fino do que as finas pratas
O som da tua voz deliciava...
Na dolencia velada das sonatas
Como um perfume a tudo perfumava.

Éra um som feito luz, éram volatas
Em languida espiral que illuminava,
Brancas sonoridades de cascatas...
Tanta harmonia melancolisava.


Philtros subtis de melodias, de ondas
De cantos voluptuosos como rondas
De sylphos leves, sensuaes, lascivos...

Como que anceios invisiveis, mudos,
Da brancura das sêdas e velludos,
Das virgindades, dos pudôres vivos.