Sou um pajé constipado
Sou um pajé conturbado
Sou um pajé contra-bardo
Guerreiro da criação
De volúpias nas donzelas
Fazidas de ervas,
elas Emprenhadas ficarão.
Irreverente, traquina
Sem pensar em heroína
Remete ódio seródio.
Menestrel e menos tal
Carretel, corda vocal
Inconstante determina
Aguardente com serina
Prodológico fascina
Poesia fescenina.
Zé Limeira, camarada,
A tua filosomia,
Companheira desterrada
Do pajé, bernardaria
Se bernardo bernardasse
E os quelé juveniasse
Por trepar na escadaria.
“Essa risonha verdura
Esses bosques, rios, montes,
Campinas, flores, perfumes,
Sombrias grutas e fontes?”
O pajé da picadura
Traças as conas em cardumes
Acende 32 lumes
Prodologicamente.
Em madre-de-deus-do-angu
Mandado comer só cru
Quem pensa que deus tem madre
Quem pensa no angu de Deus
Se quiser que faça os seus
50 nomes do padre
Contando, com um sem sabre
O caralho de Mateus
Lenga lenga lenga len
Ga lenga lenga lenga.
Notas
editar- ↑ Segundo Duda Machado aparece como prólogo nas edições clandestinas do poema. [Nota tal como na fonte digital do texto.]