Se vês um monte de espumas
É o meu verso o que vês:
Meu verso é um monte, e é
Um abanador de plumas.

Meu verso é como um punhal
Que no punho nasce uma flor:
Meu verso é fornecedor
Que dá água de coral.

Meu verso é de um verde claro
E de um carmim ardido:
Meu verso é um cervo ferido
Que busca no monte amparo.

Meu verso ao valente agrada:
Meu verso, breve e verdadeiro,
È o vigor do aceiro
Com que se funde a espada.

Notas editar

  1. Para essa tradução não se obedeceu à métrica original, optando-se pelo sentido e lirismo da obra.