Relvosa a veiga; aqui, ali coberta
De agrestes moitas a florir, termina
Em pedras soltas, como um cais em ruína,
Que a orla branca da areia enlaça e aperta.
Conchas rubras, que o mar aí deixa; a fina
Alforreca, a alga verde enche a deserta
Praia, que a sonolenta vaga incerta
Babuja, enquanto se espreguiça e inclina
O dorso azul, e arfando arqueja e morre
Ao longe o oceano, que se estende enorme,
Mete as unhas no céu, pondo-as de fora;
Arranca a luz, que à espádua inda lhe oscila,
E uivando e abrindo a lúgubre maxila,
Águia de oiro ferida, o sol devora.