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Edição atual desde as 01h46min de 29 de outubro de 2020

Esse trabalho, essa desobriga, ao mesmo tempo que depoimento pessoal, espero que Deus me dará tempo e modo de o fazer como planejo. Seria uma espécie de chave para o período que encerra a era monárquica.

Dentre aqueles com quem mais intimamente lidei em 1879 e 1880, e que formavam comigo um grupo homogêneo, a nossa pequena igreja, as principais figuras eram André Rebouças, Gusmão Lobo e Joaquim Serra... A igreja fronteira era a de José do Patrocínio, Ferreira de Menezes, Vicente de Souza, Nicolau Moreira, depois João Clapp com a Confederação Abolicionista. Se eu estivesse escrevendo nesse momento um esforço do movimento abolicionista de 1879-1888, já teria citado Jerônimo Sodré, que foi quem pronunciou o fiat, e passaria a citar os meus companheiros de Câmara: Manoel Pedro, Correa Rabello, S. de Barros Pimentel, e outros, porque o movimento começou na Câmara em 1879, e não, como se têm dito, na Gazeta da Tarde de Ferreira de Menezes, que é de 1880, nem na Gazeta de Notícias, onde então José do Patrocínio, escrevendo a Semana Política, não fazia senão nos apoiar e ainda não adivinhava a sua missão. De certo pelos escravos já vinham trabalhando Luís Gama e outros, mesmo antes da lei de 1871, como trabalharam todos os colaboradores dessa lei; mas o movimento abolicionista de 1879 a 1888 é um movimento que tem o seu eixo próprio, sua formação distinta,