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Edição atual desde as 18h06min de 6 de dezembro de 2020

dois modernos literatos portugueses de celebridade europeia, o visconde João Batista Leitão de Almeida Garrett¹⁷, poeta e prosador de primeira ordem não há muito falecido, e o Sr. Alexandre Herculano, o maior historiador de Portugal na presente época, dos quais o primeiro o fez no seu Bosquejo da Historia da Poesia e Língua Portuguesa e o segundo na sua Introdução à Historia de Portugal.

Devo ainda citar, com muito louvor, dois modernos filólogos e literatos portugueses de subido mérito, que refutaram plena e cabalmente a mesma errônea opinião, o Sr. Leoni e o Sr. José Silvestre Ribeiro; o primeiro, em um minucioso trabalho comparado que nada deixa a desejar sobre a derivação latina da língua portuguesa; o segundo, nos seus Primeiros Traços de uma Resenha da Literatura Portuguesa.

Podia, eu, trazer-vos ainda para aqui os grandes nomes de João de Barros, de Luís de Camões, do Padre Antonio Vieira, e outros clássicos portugueses, que, indiretamente, refutaram também essa opinião singular, dando à língua portuguesa incontestável origem latina, e ficariam de certo estupefatos se se pudessem erguer hoje de seus túmulos para ouvir semelhante absurdo sobre a formação do idioma que tanto a fundo conheciam e tão magistralmente manejavam. Não desejo, porém, cansar mais a vossa atenção com assunto já tão debatido; e circunscrevo-me a mencionar só os principais autores que trataram especialmente da questão.

Faço hoje, aqui, ponto para continuar a ocupar-me com a mesma matéria na seguinte sessão.