Um dia Pigmalião — o estatuário: diferenças entre revisões

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{{navegar
|obra={{PAGENAME}}Ao Ator Joaquim Augusto
|autor=Castro Alves
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[[Categoria:Castro Alves]]
[[Categoria:Poesia brasileira]]
 
Um dia Pigmalião -&mdash; o estatuário
<poem>
Um dia Pigmalião - o estatuário
Da oficina no tosco santuário
Pôs-se a pedra a talhar...
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Vão nas grutas gemer...
Mas o artista soluça: "O Grande Jove!
"Ela é bela . . . bem sei-&mdash; mas não se move!
"E sombra-e não mulher!"
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Manda que desça um raio fulgurante
À tenda do escultor.
Vive a estátua! Nos olhos -&mdash; treme o pejo,
Vive a estátua!.. . Na boca-treme um beijo,
 
Nos seios -&mdash; treme amor.
O poeta é -&mdash; o moderno estatuário
Que na vigília cria solitário
Visões de seio nu!
O mármore da Grécia -&mdash; é o novo drama!
Mas o raio vital quem lá derrama?...
 
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Do vento das paixões na selva escura
 
Chamada -&mdash; multidão.
Gargalhadas, suspiros, beijos, gritos,
Cantos de amor, blasfêmias de precitos
Choro ou reza infantil,
Tudo colhes... e voltas cotas mãos cheias,
-&mdash;O crânio largo a transbordar de idéias
 
E de criações mil.
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[[Categoria:Castro Alves]]
 
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[[Categoria:Poesia brasileira]]
[[Categoria:Romantismo brasileiro]]