Soneto
Ao meu primeiro filho nascido morto com 7 mezes incompletos.
2 Fevereiro 1911.
Aggregado infeliz de sangue e cal,
Fructo rubro de carne agonisante,
Filho da grande força fecundante
De minha bronzea trama neuronial,
Que poder embryológico fatal
Destruiu, com a synergia de um gigante,
Em tua morphogénese de infante
A minha morphogénese ancestral?!
Porção de minha plásmica substancia,
Em que logar irás passar a infancia,
Tragicamente anonymo, a feder?!
Ah! Possas tu dormir, féto esquecido,
Pantheisticamente dissolvido
Na noumenalidade do não ser!